A independência financeira é um dos objetivos que pretendo alcançar a curto prazo, acredito que esse objetivo não se restringe apenas a mim, muitos dos amigos e colegas que tenho hoje, também almejam não depender mais dos pais no que se diz respeito a recursos financeiros.
Sendo assim, alcançar essa independência demanda responsabilidade e consciência, para que as coisas não saiam do controle.
Apresento aqui, um artigo que trata desse assunto e o que fazer quando quando uma crise atinge as finanças pessoais.
Uma crise financeira pessoal é um sério problema para qualquer pessoa. Depressão, ansiedade, baixa auto-estima, enfraquecimento da saúde são alguns dos efeitos de uma crise financeira pessoal.
O quadro fica agravado porque a pessoa se defronta com uma situação onde precisa dar o máximo de si para resolver o problema justamente no momento em que seu estado psicológico está debilitado.
Também nesse momento a pessoa freqüentemente precisa tomar decisões difíceis e fazer sacrifícios dolorosos que podem acarretar mudanças importantes em sua vida.
Por tudo isso, é relevante lembrar dois aspectos importantes:
- A prevenção ainda é a melhor arma contra a crise financeira pessoal.
- Uma vez instalada a crise financeira ou aos seus primeiros sinais, deve-se buscar uma solução o mais rapidamente possível.
Prevenção de crise financeira
A adoção de medidas preventivas para lidar com as crises financeiras tem dois objetivos básicos:
- Evitar que a pessoa seja surpreendida por fatos apenas aparentemente imprevisíveis.
- Criar um plano de contingência para lidar com situações realmente imprevisíveis.
As recomendações seguintes ajudarão a prevenir as crises financeiras pessoais:
- Ter e respeitar um orçamento de renda e gastos.
- Não se endividar até o limite do orçamento.
- Cortar o endividamento crescente.
- Não se financiar a juros altos.
- Manter um fundo de reserva para cobrir despesas extraordinárias.
- Criar um plano de contingência para a lidar com a crise.
Enfrentando a crise financeira
Os caminhos para solucionar uma crise financeira pessoal não são muito diferentes daqueles utilizados pelos governos e pelas empresas. Eles se fundamentam em duas medidas básicas: aumento da renda e redução dos gastos. Apesar de simples em seu enunciado, a implantação dessas medidas requer firmeza de decisão, ação e criatividade.
O aumento da renda geralmente significa trabalho extra. Não é fácil conseguir esse trabalho e quando obtido exige sacrifício do tempo dedicado à família ou ao lazer.
A redução dos gastos também é difícil por dois motivos principais. Em primeiro lugar exige algum trabalho de análise e controle. Segundo, reduzir gastos significa fazer sacrifícios, o que contraria a essência da natureza humana.
Como as medidas para aumento de renda ou redução de gastos exigem sacrifícios, as soluções são proteladas e a crise tende a se agravar.
O ponto fundamental para se obter o saneamento financeiro das contas pessoais é tomar as decisões certas e sem demora. Quanto mais demoradas as soluções, menores serão as chances de sucesso.
Um programa de saneamento financeiro pessoal começa com a análise da situação financeira atual da pessoa e suas perspectivas num futuro próximo. Esta análise tem como objetivo fazer um diagnóstico preciso do problema, identificando suas causas principais e secundárias. A partir daí serão buscadas as soluções.
Portanto, não basta examinar como as contas pessoais estão hoje. Também é preciso saber como elas ficarão mais à frente. O ideal é que a análise projete a situação financeira para um período de doze meses.
Analisando a crise financeira
Um roteiro sugerido para analisar a crise financeira é o seguinte:
- Qual é o problema financeiro e quais serão seus desdobramentos?
- Se tudo correr bem como ficarão as finanças pessoais?
- Se acontecer o pior como ficarão as finanças pessoais?
- Qual é a renda efetiva?
- Como deverá se comportar a renda num futuro próximo, desconsiderando-se ocorrências imprevisíveis?
- Qual é o orçamento de gastos?
- Como deverão se comportar os gastos num futuro próximo, desconsiderando-se ocorrências imprevisíveis?
- Existem gastos exagerados, desproporcionais?
- Qual o peso dos juros no total dos gastos?
A resposta a estas perguntas facilitará a busca de solução para o problema.
Uma vez obtida as respostas para as questões mencionadas, além de outras que a situação possa exigir, a pessoa deverá fazer uma projeção de entrada e saída de dinheiro - seu orçamento pessoal de caixa .
Essa projeção é necessária porque o orçamento pode estar equilibrado em termos anuais, mas pode apresentar algum déficit ou sobra de caixa durante determinados períodos.
Para o mês em curso, essa projeção deverá ser efetuada em base semanal (talvez diária se a situação financeira estiver muito difícil), dando assim um maior detalhamento para as informações sobre a situação financeira imediata. Para os onze meses seguintes, as projeções serão efetuadas em base mensal.
Encontrando as soluções
Depois que os dados e informações forem coletados na etapa de análise, será necessário encontrar as soluções. Para isso, é preciso responder às seguintes questões:
1. As premissas usadas na análise do problema são realmente confiáveis?
2. Qual a solução ideal para a crise financeira pessoal?
3. Qual é a solução possível?
4. Existiria um meio termo entre solução ideal e solução possível?
5. A solução a ser adotada é arriscada? É flexível?
6. Se existe mais de uma solução, qual delas deve ser escolhida?
Como já foi mostrado, as soluções implicam basicamente em um aumento de renda, redução de gastos ou uma combinação dessas duas alternativas.
Eu já não moro com meus pais, porém ainda dependo deles para a minha sobrevivência longe do teto que vivi grande parte da minha vida até agora.
De toda a minha renda, cerca de 70% tem origem dos cofres dos meus pais. Por escolher viver longe deles tive que me estruturar e aprender a lidar com minhas finanças pessoais. Diante disso elaborei uma planilha que me permite analisar meus gastos mensais e observar, onde estou pecando, e onde estou mantendo o controle.
Segue um esboço dos 15 primeiros dias do mês, na planilha dos meus gastos:
Peço a vocês colegas administradores, que analisem a planilha e me ajudem com conselhos em relação a onde devo cortar gastos e para que eu não caminhe para uma crise financeira.
Acredito ser uma tarefa difícil pois não vejo na tabela gastos irrelevantes, ou não?
Por Vanderson de Lima Silva.
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