Teoria econômica oscila há séculos entre crença no racionalismo e aceitação de imperfeições no mercado
1776- o livro A Riqueza das Nações, de Adam Smith, inaugura a escola econômica clássica e descreve o mercado como uma mão invisível que leva os indivíduos a produzirem o bem comum na busca do interesse pessoal. Começa a supremacia do mercado sobre o Estado.
1867- o primeiro tomo de O Capital, de Karl Marx, inicia a crítica ao capitalismo e ao livre mercado. É o marco zero do pensamento socialista marxista.
1871- textos do austríaco Carl Menger e do inglês Stanley Jevons fundam a economia neoclássica, centrada na figura do homem econômico racional e calculista e na concorrência perfeita.
1929- o crash da Bolsa de Nova Iorque dá inicio à Grande Depressão, que, na década seguinte, colocaria em xeque as teorias econômicas neoclássicas aceitas até então.
1936- John Maynard Keynes revoluciona a economia com o livro A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Nasce a escola Keynesiana, que contesta a racionalidade nas decisões econômicas e evoca o “espírito animal” para explicar o comportamento humano.
1962- Milton Friedman publica Capitalismo e Liberdade, onde expõe a visão econômica que contribuiria para o refluxo do keynesianismo, o surgimento do neoliberalismo e a desregulamentação da economia.
1971- o primeiro paper da dupla de psicólogos Daniel Kahneman e Amos Tversky é publicado nos EUA. É o marco zero da economia comportamental e do ataque cientifico ao homem racional. Kahneman recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 2002.
1972- Robert Lucas, economista da Universidade de Chicago, escreve sobre a “Teoria das expectativas racionais”. O funcionamento do mercado ganha uma explicação elegante, que compara economistas a físicos: a economia seria regida por leis constantes e composta por indivíduos racionais.
1976- Gary Becker, da Universidade de Chicago, publica o artigo “A abordagem econômica do comportamento humano”. A incorporação de idéias da psicologia na pesquisa econômica lhe rendeu o Nobel de 1992.
1980- o economista Richard Thaler publica um texto com as bases do que seria a teoria positiva da escolha do consumidor, incorporando à análise econômica vários insights de Kahneman.
1981- Ronald Reagan assume a presidência dos EUA, dando início a um período de desregulamentação dos mercados que duraria pelo próximo quarto de século. Foi a era da Reaganomics.
2008- A quebra do Lehman Brothers, em setembro, desencadeia a maior crise financeira desde os anos 30. O ex-presidente do Fed Alan Greenspan diz que errou ao confiar na teoria dos mercados eficientes.
Fonte: Época Negócios- out/2009.
Postado por Caroline Beatriz.
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